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Varejo precisa trabalhar para resolver impacto de redução de lucro por furtos e roubos

Algema

Por Loss Prevention Magazine, 13/06/2023

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No mês de maio, a Target anunciou que prevê uma lucratividade menor em US$ 500 milhões neste ano de 2023 em relação a 2022, com perdas originárias de roubos e furtos. No ano passado, ela contabilizou cerca de US$ 800 milhões em perdas não identificadas de mercadorias. Redes como Home Depot, Walmart, Best Buy, Walgreens e CVS também destacaram que tiveram muitas perdas.

“É lamentável que os incidentes violentos estejam aumentando em nossas lojas e em todo o varejo. E quando os produtos são roubados, simplesmente não estão mais disponíveis para os consumidores que dependem deles. Além das preocupações de segurança, o agravamento das taxas de lucratividade pressiona significativamente nossos resultados financeiros”, argumenta Brian Cornell, CEO da Target em entrevista ao Wall Street Journal.

Os varejistas norte-americanos elencaram três grandes desafios para a prevenção de perdas: proteger seus ativos, ampliar a segurança e combater o crime organizado. Mas o que os dados mais recentes dizem? A tecnologia cumpre a sua promessa de ajudar a combater as perdas? Como resolver os problemas?

81% das empresas registraram aumento das perdas

A última pesquisa da Hayes International https://hayesinternational.com/news/annual-retail-theft-survey/ é uma leitura perturbadora sobre os desafios enfrentados pelo setor de varejo nos Estados Unidos. Entre as conclusões de 26 grandes varejistas que responderam à pesquisa, 81% deles relataram aumento das perdas. Em contrapartida, o número de apreensões aumentou em 45,6% em relação a 2021, e os varejistas recuperaram mais de US$ 288 milhões de furtos e roubos e de desvios cometidos por funcionários desonestos no ano passado, um aumento de 70,5% em relação ao ano anterior.

O levantamento da Hayes também apontou que o número de ladrões presos aumentou 50,9%, com recuperações totalizando US$ 237 milhões, um aumento de 90,5%. Os dólares recuperados dos criminosos em que nenhuma apreensão foi feita totalizaram US$ 485 milhões, um aumento de 44,1% em 2022. O número de funcionários desonestos detidos, por sua vez, aumentou 18%, com mais de U$ 50 milhões recuperados, um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior.

Para tentar minimizar furtos e roubos de funcionários, a Hayes International promove, anualmente, questionários de avaliação de candidatos selecionados com testes de honestidade no processo de pré-seleção. De acordo com o levantamento, dos candidatos entrevistados, 64,1% foram classificados como de baixo risco e 19,3% acabaram elencados como de alto risco devido à admissão de atos irregularidades cometidas anteriormente e a avaliação de suas atitudes em relação a comportamentos honestos e desonestos.

Na média, o candidato de alto risco a um emprego foi responsável pelo roubo de US$ 692,03, em comparação com US$ 58,56 para aquele selecionado de baixo risco. Geralmente, o aumento de roubos e apreensões apontado na pesquisa da Hayes International é atribuído a respostas mais ‘agressivas’ dos varejistas pós-pandemia. Mas o número de CEOs e CFOs de redes americanas que estão preocupados com o aumento das perdas que estão vem aumentando.

A violência no varejo continua a aumentar

O CEO da Target, Brian Cornell, afirma que a violência no varejo está aumentando. A última pesquisa do D&D Daily revela que os registros de fatalidades graves no varejo aumentaram 17% somente em 2022 e surpreendentes 86% desde 2016. Em 2022, 53% das fatalidades ocorreram em estacionamentos das lojas, 43% no interior delas, 3% fora do estabelecimento e 1% em shoppings. Em comparação, em 2021, 50% das fatalidades ocorreram dentro de uma loja ou shopping e 45% em estacionamentos.

Clientes ou vítimas inocentes tiveram aumento

Para 2022, as mortes de clientes ou vítimas inocentes aumentaram 18%, enquanto do pessoal de segurança cresceram surpreendentes 72% em comparação com o ano anterior. As lojas de conveniência foram os locais responsáveis por 32% das fatalidades em 2022, seguidas por restaurantes (19%), postos de gasolina (8%), mercearias (6%) e shoppings (5%). Mesmo padrão em 2021, com lojas de conveniência e restaurantes sendo os locais de maiores riscos.

Resolvendo o problema da menor lucratividade

Em um artigo publicado no Wall Street Journal, um porta-voz do CVS indicou que as drogarias da empresa tiveram um aumento de 300% nos roubos desde o início da pandemia. O aumento do crime organizado no varejo agrava os problemas para o setor e a sociedade. Hoje, o crime organizado promove ataques mais descarados e violentos em redes varejistas em todo o país.

Muitos dos grupos criminosos que orquestram esses roubos também estão envolvidos em outras atividades, como tráfico de pessoas, narcotráfico, tráfico de armas e muito mais. Lidar com essa ameaça crescente é importante para a segurança dos funcionários, clientes e comunidades das lojas em todo o país.

As ameaças de crimes no varejo são reais, mais visíveis e estão ficando mais violentas. Eles também não estão isolados nos Estados Unidos, pois padrões semelhantes surgiram em outros países, incluindo o Reino Unido e a Austrália.

O problema é complexo e as soluções também

Segue também algumas informações importantes, como:

  • As soluções de tecnologia de prevenção de perdas não acompanharam o crescimento do problema e precisam aumentar o ritmo no desafio da redução.
  • Limites legais aprimorados, precisam ser estabelecidos em torno de soluções ainda contoversas como a IA e reconhecimento facial.
  • A internet esta derrubando fronteiras onde bens roubados podem ser vendidos. Mas de 6 em 10 varejistas acreditam que uma lei federal para combate ao crime organizado é necessaria.
  • Para lidar efetivamente com o problema da menor lucratividade no varejo, são necessárias parcerias sólidas em várias esferas, especialmente entre varejistas e autoridades policiais. A boa notícia é que existem modelos de sucesso em várias partes do mundo, mas será necessário um pensamento diferente e mais inovador para evoluir para uma adoção global mais ampla.

Restringir o acesso à mercadorias com alto indice de furtos para reduzir as perdas e ampliar a receita leva cada vez mais os consumidores a modelos alternativos de varejo. A segurança precisa ser a prioridade número um em qualquer caminho que o varejo tome para resolver os problemas. 

A pandemia acelerou tendências em setores que já estavam em andamento. É hora de reinventar o varejo mais uma vez para um futuro mais brilhante e lucrativo, onde as perdas devem ser gerenciadas e os consumidores são o centro das experiências imersivas e seguras para o cliente.

 

 

 

 

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