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Prevenção de perdas ganha espaço em discussões estratégicas de diretoria

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É quase uma unanimidade (95,83%), entre os varejistas participantes da 7ª Pesquisa de Perdas no Varejo Brasileiro, elaborada pela Abrappe em parceria com a KPMG, realizado no dia 26 de junho em São Paulo, a existência da área de prevenção de perdas na empresa. O levantamento apontou ainda que em 33,81% das companhias que responderam ao estudo, o assunto já é tratado diretamente com a presidência.

O resultado mostra a maturidade com que o tema vai ganhando espaço. “É um assunto altamente relevante que vai ganhando espaço nas discussões estratégicas da diretoria. Uma decisão que vem de encontro ao que sempre defendemos, de que a cultura da prevenção deve vir de cima para baixo dentro de uma organização”, defende Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Segundo a pesquisa da Abrappe, em outros 17,99% das empresas o tema é tratado diretamente à área de Operações e outros 14,39% ao Financeiro. “À medida que as empresas buscam maneiras de aumentar a eficiência e melhorar a rentabilidade, a redução das perdas, que incluem roubo, danos, ruptura e erros operacionais, torna-se uma prioridade”, argumenta Santos.

 

Perdas que afetam o lucro do varejo

Com os custos operacionais e de mercadorias em alta, qualquer perda direta afeta significativamente a margem de lucro. Por outro lado, a conformidade com regulamentações e normas de segurança tem se tornado mais rigorosa, forçando as empresas a adotarem práticas robustas de prevenção de perdas para evitar multas e penalidades.

“Sempre trazemos a prevenção de perdas para o negócio como sendo parte do todo e não como uma despesa, um inibidor de vendas. Com a prevenção ganhamos no processo, na cadeia e na rentabilidade da empresa”, destaca Valdiléia Oliveira, diretora de Gestão de Riscos do Carrefour e Sam’s Club (veja depoimento aqui – tempo 6’39 a 7’10).

A propagação da cultura de prevenção de perdas no varejo brasileiro reflete um reconhecimento crescente de que a redução de perdas é essencial para a sustentabilidade e o sucesso financeiro das empresas. A combinação de treinamento eficaz, tecnologias avançadas, políticas claras e uma forte cultura organizacional está ajudando a transformar a abordagem das companhias em relação a essa questão crítica.

Alguns varejistas já entenderam bem o recado. “A prevenção de perdas, para nós, é uma cultura muito enraizada na empresa. A prevenção está embaixo da minha diretoria e é um trabalho ao longo de 13 anos que vem dando muitos resultados”, justifica Anderson Castilho, vice-presidente do Assaí Atacadista. “A prevenção de perdas tem um papel importante de apoiar as operações e é um tema que está integrado em todo nosso time de loja. Cada colaborador tem um papel de prevenção”, completa (veja vídeo - tempo 26’20 a 27’07).

 

Tema importante para qualquer varejista

A prevenção de perdas é um tema que deve fazer parte das estratégias de uma empresa varejista, independentemente do tamanho. “Mesmo sendo uma empresa média do interior do Paraná, trabalhamos a prevenção de perdas de maneira muito forte, constante e duradoura. Todo dia é preciso cultivar o tema, levar para o RH, comercial e logística. Isso leva tempo, mas é importante”, comenta Clemente Bahniuk, diretor da rede de supermercados Bahniuk (veja o depoimento dele – tempo 22’51 ao 23’26 e do 23’38 ao 23’56).

Com o apoio da diretoria, muitas empresas investem em treinamento para os funcionários sobre práticas de prevenção de perdas. É uma estratégia crescente, que tem ajudado a reduzir erros humanos e aumentar a segurança. “Muitas empresas estão promovendo uma cultura de conscientização sobre a importância da prevenção de perdas, incentivando os funcionários a estarem atentos e a reportar qualquer comportamento suspeito”, afirma Carlos Eduardo Santos.

O bom exemplo vem do São Vicente Supermercados. “Através da comunicação, do programa de prevenção de perdas, fizemos com que o assunto ganhasse importância entre os funcionários. Hoje é o segundo tema; primeiro é o nosso oxigênio, as vendas”, afirma Isabel Bittencourt, gerente de prevenção de perdas da rede (veja o depoimento - tempo 9’12 a 9’45).

 

Apoio da tecnologia no combate às perdas

A tecnologia tem facilitado a implementação de sistemas de monitoramento e análise mais sofisticados. Câmeras de segurança, sistemas de gestão de inventário e ferramentas analíticas permitem uma detecção e resposta mais rápida a incidentes para os profissionais da área. O uso de Big Data e análise preditiva permite que os varejistas também identifiquem padrões e tendências de perda, possibilitando ações preventivas mais eficazes.

Nesse momento, como diz Valdiléia, do Carrefour, onde deve-se fazer mais com menos, a tecnologia é fundamental. “Para mitigar gargalos, a tecnologia para prevenção de perdas é fantástica. Ela nos diz aonde ir e como mitigar as perdas. Tem muita coisa no mercado que facilita a vida do operador na loja e do técnico de prevenção de perdas a ter os melhores resultados e produtividade”, revela.

Criar uma cultura organizacional que valorize a prevenção de perdas envolve engajar todos os colaboradores, incentivando a comunicação aberta sobre problemas e promovendo um ambiente de trabalho onde todos estejam cientes da importância dessa questão.

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