FAÇA SEU LOGIN

Não é associado(a) na Abrappe?

ASSOCIE-SE AGORA!

PARCEIROS AJUDAM VAREJO A CONTER CRIMINOSOS EXPERTS EM TECNOLOGIA

Crime Organizado

Por Lauren Manfuso, da Biztech Magazine, 26/5/2023

 

Ver conteúdo original

 

O roubo e o cibercrime compartilham um denominador comum: são práticas tão antigas quanto as vitrines e as tecnologias que buscam combatê-las. Os crimes cibernéticos, infelizmente, também vêm crescendo nos últimos anos.

 

Há 25 anos, quando o comércio online nem existia e a internet ainda engatinhava, a preocupação dos varejistas era com os ladrões de loja. Hoje, no entanto, eles enfrentam uma série de ameaças mais organizadas e diferenciadas, com ladrões “cortando” as etiquetas de alarme de casacos de couro nas lojas de magazine e escondendo remédios dentro das bolsas nas farmácias e drogarias.

 

As taxas cada vez mais crescentes do crime organizado levaram a um aumento alarmante das perdas no varejo. Por outro lado, oito em cada dez varejistas relataram, em 2022, incidentes violentos ou agressões associadas ao crime organizado. Nos últimos cinco anos, 59% deles revelaram um aumento dos registros de cibercrimes, uma tática cada vez mais popular entre os criminosos.

 

Criminosos experientes em tecnologia e muito organizados

 

Segundo Christian Beckner, vice-presidente de Tecnologia de Varejo e Segurança Cibernética da National Retail Federation (NRF), o crime organizado é um grande negócio hoje. Hackers e cibercriminosos estão usando uma gama cada vez maior de táticas para o roubo de contas e invasões para extração de informações (logins e senhas de redes varejistas, por exemplo) colocando em alerta todo o varejo. Roubos de cartões de crédito e ransomwares também são constantes.

 

Usando informações de contas roubadas – muitas vezes compradas na dark web – os ladrões do varejo podem acessar dados de cartão de crédito e, em alguns casos, evoluir seus crimes do domínio online para as lojas físicas. Com a tendência de comprar no e-commerce e retirar em loja física, modalidade que cresceu com a pandemia do covid-19, muitos varejistas fecharam suas portas em razão dos crimes.  

 

Mas o que aconteceu? Criminosos roubaram informações de contas online, promoveram compras em lojas na internet, retiraram as mercadorias e as revenderam deixando a conta a ser paga pelas próprias vítimas e as empresas varejistas.

 

É provável que as coisas fiquem ainda mais perigosas à medida que a inteligência artificial amadureça, como argumenta Buck Bell, chefe do Escritório de Estratégia de Segurança Global da CDW. “O verdadeiro desafio de curto prazo é até que ponto a AI pode ser um acelerador de ataques bem-sucedidos”, diz ele. Ele lembra que os criminosos estão trabalhando para usar a AI para replicar ataques bem-sucedidos e obter uma cobertura bastante ampla rapidamente.

 

A AI cada vez mais presente nas interações, inclusive nos crimes

 

Especificamente no varejo, diz Bell, a AI pode ser usada para extrair informações do cliente por meio de comunicações omnichannel. Por exemplo, disse ele, os criminosos podem construir um bot de AI que pode se apresentar aos varejistas como um cliente, usando qualquer informação disponível publicamente sobre ele. “A AI será responsiva o suficiente para percorrer etapas para extrair informações adicionais sobre esse cliente”, revela.

 

O que é atraente nesse cenário, do ponto de vista dos cibercriminosos, é a capacidade do algoritmo de aprender à medida que avança, melhorando a cada tentativa, bem como a possibilidade de liberar facilmente esse bot em grande escala. “Você conhece três das quatro informações demográficas sobre alguém que podem ser facilmente descobertas online e, a partir delas, pode tentar descobrir dados adicionais, como a conta bancária, por exemplo. Temo que isso deve aumentar nos próximos dois ou três anos”, alerta Bell.

 

Em alguns casos, argumenta Bell, os bots maliciosos se comunicarão com os chatbots de atendimento ao cliente dos próprios varejistas. Em outros, eles discarão para centrais de atendimento e falarão com agentes ao vivo, usando os modelos de linguagem ampla que alimentam ferramentas como o Chat GPT.

 

“Com alguns desses grandes modelos de linguagem, existe a oportunidade de ser muito mais conversacional”, diz Bell. “E se eu puder combinar isso com os dados, provavelmente posso descobrir o suficiente para convencer um varejista de que posso ser quem eu digo que sou", completa.

 

Observação: A Abrappe não se responsabiliza por opiniões, informações e/ou comentários manifestados neste artigo. Eles são de inteira responsabilidade do(a) autor(a).

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Clicando em "Aceitar Cookies", você concorda com o armazenamento de cookies em seu dispositivo.