Margens apertadas exigem mais eficiência operacional de varejistas

O sonho de todo varejista é atingir o ápice da eficiência operacional em sua loja ou rede. Parece utópico? Pode até ser, afinal, gargalos sempre vão existir. Mas é certo que ela é fundamental para o varejo, um setor que trabalha com margens muito pequenas, na faixa de 1% a 3%, e que qualquer ganho pode representar uma diferença extremamente positiva na última linha do DRE.

Mas para atingir a tão sonhada eficiência operacional é preciso implementar práticas e estratégias que buscam otimizar processos, recursos e resultados da companhia. E, claro, é sabido que uma operação eficiente tem impactos extremamente positivos, como aumento da produtividade, redução de custos, melhoria da experiência do cliente e maior competitividade.

A busca incessante pela eficiência operacional é constante para as varejistas do país. Uma das principais tendências é a automação de processos, especialmente relacionados à gestão de estoque e logística, que permite que os varejistas diminuam os erros, melhorem a precisão das informações e reduzam custos operacionais. A implementação de sistemas integrados de gestão, que permitem que os varejistas gerenciem todas as suas operações de maneira centralizada e eficiente, também vem uma linha crescente.

Eficiência operacional e prevenção de perdas andam juntas

Os conceitos de prevenção de perdas e eficiência operacional andam juntas no varejo, sem dúvida nenhuma. Desde 2021, por exemplo, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) transformou sua tradicional pesquisa de perdas no setor para apontar dados e estatísticas sobre eficiência operacional. No segmento, segundo a organização supermercadista, a eficiência operacional das lojas/redes está acima dos 98%.

O “Mapa de Oportunidades de Ganho de Eficiência”, da Abras, apontou que o percentual de perdas subiu de 28% em 2022 para 32% em 2023. Por outro lado, a pesquisa apontou uma melhora no campo administrativo, cuja eficiência subiu de 12% para 15%. Ainda sobre os indicadores avaliados, os furtos externos subiram de 54% para 68% do ano passado para cá. Foi destacada a redução da quebra operacional nas lojas, mesmo com crescimento de 4% nas perdas de produtos perecíveis.

De todo modo, há quase um consenso em torno da evolução na prevenção de perdas e em sua melhoria contínua, tornando a eficiência operacional um diferencial competitivo. Para isso, foi ressaltada a importância do melhor uso da tecnologia, processos e pessoas para alcançar a eficiência operacional, assim como na ideia de capacitar e treinar.

Eficiência operacional é um compromisso contínuo

Alcançar a eficiência operacional requer um compromisso contínuo de melhoria e a adoção de práticas eficazes por parte dos varejistas. É um esforço que, na prática, exige o envolvimento de todos os níveis da organização, a começar pela diretoria e passando por toda a liderança, de diretores a gestores.

Tecnicamente, uma abordagem eficaz para melhorar a eficiência operacional é adotar uma mentalidade de gestão baseada em dados, utilizando métricas e indicadores-chave para monitorar o desempenho, identificar áreas de melhoria e tomar decisões embasadas. Trocando em miúdos, a tecnologia desempenha um papel crucial na melhoria da eficiência operacional das empresas, oferecendo uma ampla gama de ferramentas e soluções que podem otimizar processos, automatizar tarefas e fornecer insights valiosos.

De maneira simples e rápida, quer algumas boas dicas para melhorar a eficiência operacional de sua loja? Automatize processos, invista em tecnologia adequada, capacite sua equipe e otimize a gestão de estoques.